quinta-feira, setembro 29, 2005

Mão-na-massa


Finalmente acho que retomei meu trabalho com os cavalos no quesito mão-na-massa. Depois de ter passado uma eternidade mais falando do que fazendo. Falando na Expointer, palestras, Polícia Montada, cursos. Depois veio a mudança de lugar. Puxa vida, foram 5 anos morando num haras que era tudo de bom prá mim, só vi a barra que foi passar pela perda agora, ainda bem que o lugar que consegui é melhor ainda. Se bem que tenho uma boa coisa que é de estar sempre perdidamente apaixonada por onde estou, pelo que estou fazendo ou pelo último cavalo que comecei a trabalhar. Depois veio ainda período de constipação mental. Sabe? Aquela inércia que dá quando a gente meio que concluiu algo e resiste para retomar a velha .

Eu e o Royal estivemos um pouco estremecidos, ele andou meio indiferente, sei lá, cheguei a pensar que ele estava querendo mandar na nossa relação. Mas já voltamos a nos entender, passei dois dias na dura com ele, só para ele ver que era feliz e não sabia. Ora, ele é a estrela, eu sou a coadjuvante dele, e ele me faz passar vergonha?!?!? No sábado saltou na prova mais como um garotinho mimado do que como a máquina belga que ele é. Não foi nada demais, mas já vi que a coisa poderia aumentar se eu não tomasse logo as rédeas da situação (ou melhor, do Royal) no máximo melhor muito mais merecido maxi sentido literal da palavra que a mesma poder ter * suspiro*.
Ontem ele trabalhou muito bem, concentrado, vibrante e manso, sem mau humor. Bom garoto. Hoje vou reconhecer isso e vamos mai brincar do que trabalhar....só no sapatinho, ou na ferradurinha.

Pensei:

" Fique sempre com um olho na tarefa, um no cavalo e o outro em você."

Isso mesmo! Para se trabalhar bem com um cavalo é preciso ter três olhos! O terceiro está situado exatamente no meio da forte banda de ligamentos que se formam a partir da união dos dois corações.

sábado, setembro 24, 2005

Ensinar

Ai que prego!
Tô morta.
Mudamos de casa. Tá uma bagunça, mas o lugar é lindo.
Os cavalos estão adorando, tem mais campo para eles.
Acabou meu curso na Polícia Montada. Já tô sentindo falta. Adorei cada minuto. Aprendi muito. Acho que os alunos também.
Todo o meu esforço foi para que cada um terminasse o curso muitas dúvidas! Afinal, acho que é da desordem que vem o progresso!
Acho que para mim o que ficou de mais importante foi que ensinar requer muito talento. E ao contrário do que se possa imaginar a um primeiro momento, não é algo que coloca o "ensinante" numa posição superior ao do "ensinado".
Embora quando existe uma resposta como aconteceu comigo, com uma identificação e entusiasmo da turma, fica inebriante. Cheguei a me sentir muito importante.
Ensinar requer humildade. Eu disse ensinar, não dar aula. Ensinar!
Para dar certo, o comprometimento tem que ser total. A responsabilidade é do professor. Saber como chegar em cada aluno, como tocar, como sacudir, como fazer pensar! Como me disse o meu guru Bid ontem, aquele aluno que mais irrita, dificulta, que dá mais trabalho, é talvez o que aprenderá mais, se voce souber ensinar.
Brigadão mãe, professora de verdade.

segunda-feira, setembro 19, 2005


Olha o sorriso do soldado!
By gallop

Todo mundo em pelo e de cabresto
By gallop

Fessora e alguns alunos
By gallop

sábado, setembro 17, 2005

Passo seguinte


Aí eu e o Roncador já éramos um só....fomos passar pelos murunduns que eu montei na pista.
Passou por tudo! Nota dez estrelinha. De pneus a garrafas plásticas até cortinas de sacos e sacolas.

O mais legal foi que quando nós chegamos ao corredor da morte....estreito cheio de coisas no chão e sacos de plásticos esvoaçantes.....ele parou, avaliou e entrou com a coragem de um vencedor....
Os alunos aplaudiram, olho para o soldado dono do Roncador, está todo emocionado....quase chorando!
Ele disse que o comandante dele ia descarregar o Roncador para o açougue, porque ele era muito louco e assustado. E por duas vezes este soldado o convenceu a deixá-lo trabalhar com cavalo.
No final do nosso trabalho ele falava para todos:
"EU SABIA QUE ELE IA CONSEGUIR!....EU ACREDITEI NELE!"
Para mim , só por esse acontecido, mesmo que nada mais dê cesrto, o curso já foi um sucesso.

Amém.

Pensamento da fessôra
O amor facilita.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Primeira aula

De todas as maneiras que eu imaginei a minha primeira aula no curso da Polícia Montada, nunca sonhei numa tão bacana como foi!
Foi das 8 às 12. Primeiro na sala de aula.....comecei ma ambientando.....olhando os caras, estudando .....
E eles a mim!
Imagino os pensamentos.....
"Bah" Civil.....e ainda por cima mulher...tsc tsc tsc"
"Mas quanta frescura ....."
"não posso perder a novela hoje..."

Depois fomos para a pista.....para o redondel.
Perguntei que cavalo eles queriam que eu pegasse, para fazer a demonstração.....escolheram o "Roncador".....
Beleza....
Fomos lá.....eu , os 30 alunos e o Roncador.....

Comecei o papo com o indivíduo quadrúpede:
Eu: - olá, sou a Denise....
Ele : coices....tentativas de saltar o cercado
Eu: - tudo bem ....eu sei como tu te sentes...
Ele: ...mais coices, prende a pata nas madeiras....arranca tudo fora....
Eu: me enrosco na minha corda (que não era a minha do Monty, esqueci em casa), ela se desfiou e enroscou nas fivelas da minha calça....quase tropeço
Ele: - até que ela não é tão terrível assim
Eu: -ai ai ai....será que eu vou pagar mico aqui?
Ele: - ok, vc venceu...tô interessado
Eu: não enxergo nenhum aluno, só meus pulmôes querendo sair goela afora e minhas pernas enroscadas no que sobrou da guia...mas não me entrego!
Ele: bueno vamos trabalhar juntos então....eu confio e vc é justa e me conduz.

Os alunos: "má não é que é mesmo?!?!?!"

quarta-feira, setembro 07, 2005


Elvis, the king
By gallop

Volta às aulas

Bueno agora chega de falar e vamos pegar no trabalho, ou nos cavalos!
Ai que tá difícil engrenar no trabalho normal de novo. Ainda estou devagar quase parando.
A gripe ainda me persegue, mas pelo menos São Pedro deu uma folga. O dia tá lindo. Beleza prá trabalhar e tirar o môfo.
Tem 2 potras e uma louquinha me esperando prá domar, fora os que já estão no 2º grau.....a Adélia, o Royal, o Elvis (esse já está no doutorado....que zurgulho! como diria minha amiga Si). Pronto! Já tô louca prá ir pro Gallop. Chega dessa coisa de cartola....quero mesmo é ficar com os pés embarrados, cheirando o suor dos cavalos e doendo tudo de noite (se bem que essa última parte eu passo!). Êita vida bem boa.
Depois eu conto como foi o meu retorno.

segunda-feira, setembro 05, 2005

VALEW!


Oi Josiane.
Eu fiquei muito contente de ver voces na minha palestra, pode ter certeza que foi muito importante prá mim.
O nome do livro é "O Homem Que Ouve Cavalos", Monty Roberts. Tem na Saraiva.
Beijos.
Ps. Não tenho teu e-mail, por isso vai via blog o recado .

De volta, feliz e gripada


Acabou a Expointer.....tô me sentindo que nem quando a gente acaba um livro muito legal....
Estou com aquela falta de não-sei-o-quê misturada com um lembrar gostoso das coisas que eu vi e vivi lá.
Apesar da chuvarada da semana inteira ter me deixado um pouco preocupada imaginando onde colocaríamos os casais de cada espécie, pois eu não via nenhuma arca estacionada no parque.
Quanto ao meu trabalho, foi bem legal. Tive oportunidade de trabalhar com 3 cavalos Lusitanos. Adorei a raça, é cheia de energia, vivacidade, empenho e de lambuja ainda são lindos de doer. Minha palestra foi tranqüila, espero que quem assistiu tenha saido pelo menos com uma pulga atrás da orelha, passe a pensar mais como cavalo e menos como cavaleiro.
Agora acabei de chegar da aula inaugural o Estágio Técnico de Policiamento Montado para Praças. Primeira edição. Estou adorando . São 30 alunos eu vou dar a matéria maneabilidade para policiamento ostensivo montado, 18horas. É pouco mas é um começo! Imagina que legal passar informações para os alunos poderem ver o cavalo como um parceiro, um colaborador. Passar técnicas para potencializar a atuação da dupla. Minha imaginação está a 180 por hora.

Fui.

PS. A moça da foto é a Ana Paula, minha Sancho Pança (apesar de não ter pança nenhuma....) e o moço é o Veeresh, fiel escudeiro dela.

Pensamento do dia:

Quando um não quer, dois não fazem. Logo, o lance é fazer o cavalo querer, e não querer que o cavalo faça.
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