Bueno, vamos tentar esclarecer uma coisa.
To sempre ouvindo depoimentos de pessoas por ai do tipo:
- tentei com paciência, carinho, não resolveu, deitei-lhe o cacete.
- ele apanhou muito, pirou, se machucou, agora peguei ele. Tentei com amor e paciência, mas quebrei o braço e o nariz em 3 partes, por isso não vou poder mais trabalhar ele...
O problema é que quando se opta manejar um cavalo traumatizado ou difícil de forma não violenta, por muitas vezes as pessoas contam apenas com paciência, e isso é pouco. Essencial mas insuficiente. Muitas vezes também, os violentos afirmam: tentei com paciência e não deu certo. Logo,essa baboseira ai não funciona, é coisa de muiézinha, de gringo, não funciona com os nossos cavalos, com a nossa lida.
Acontece que para bater, intimidar, agredir, o homem é formado com louvor, pós-graduado e com doutorado na matéria. Mas quando a opção é sem o uso do pau, são piores que analfabetos no sobral. Só conseguem acoierar uma meia-duzia de palavras e a coisa fica capenga para caramba.
Não sei se já falei antes, mas nunca é pouco mencionar: violência não é a resposta, mas não ser violento não é o suficiente!
Uma técnica adequada para trabalhar com cavalos envolve muito treinamento, sensibilidade e ciência.
NATURAL HORSEMANSHIP é a ARTE e a CIENCIA de trabalhar COM o cavalo de acordo com a sua natureza.
Arte porque envolve sensibilidade, sentimento. Por isso não sei o que responder quando classificam as coisas feitas por tantas pessoas em rótulos : racional, tradicional, índia, marciana, ortodoxa, adventista do 7 dia dos pastores alemães ... e escolhem qual título funciona ou não. Para julgar isso, é preciso ver o homem em ação e ouvir o que cavalo achou. Somente o cavalo pode responder o que funciona ou não. Futebol todo mundo pode jogar... mas....
Trabalhar com um cavalo é como tocar um instrumento, você pode estar afiado tecnicamente, mas somente isso não é o suficiente, precisa haver sensibilidade para ultrapassar os limites, tocar o coração e elevar o espírito.
Ciência porque envolve metodologia, prática sistemática e é estatísticamente representativa
E finalmente trabalha COM (COM! E não O) o cavalo de acordo com a sua natureza – seus instintos, comportamentos e personalidade individual porque ele é o centro da nossa história.
Pronto, essa é a fórmula do sucesso para nós.
2 comentários:
Putzgrila, é só isso? Trocar o artigo pela preposição? Então o assunto é gramatical? Brincadeira a parte, Denise: o simples sempre é o mais complexo. Pensamento de quem recém aprendeu a respeitar o cavalo e a dizer o A dele. Palavras? Talvez um dia... Frases? Difícil. Coisa séria, hein...
Já entendi, de veiz em quando tu é que desembucha no Blog, né? Tô pegando experiência. Abraço.
Adorei!!
Se fosse fácil não haveira tantos problemas de comunicação e tombos e fraturas... E se o cavalo não fosse tão generoso essas fraturas e tombos seriam multiplicadas por muitos.
O que nos falta é o mesmo quando fazemos um curso de línguas: vocabulário, prática e principalmente bons mestres(2): cavalo e outro humano ( professor com conhecimento, disposição e muita paciência). Denise rfk
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