quarta-feira, dezembro 02, 2009
quarta-feira, novembro 25, 2009
O começo da aventura....
O que estou fazendo aqui numa segunda às 10 da manhã? Tentando ir prá João Pessoa desde as 7 da matina e só embarco às 15 30 prá ir prá Guarulhos prá ir prá Salvador prá chegar em John People prá lá da meia-noite.
Prá que toda essa mão de obra? Porque eu perdi meu vôo que era às 6 da manhã (= acordar às 4).
Como eu fui perder?! Facinho, facinho...indo dormir Às 2.30 da madruga depois de passar o dia inteiro trabalhando sozinha (= limpa bosta, dá comida, arruma cerca, escorrega no barro, tira água das cocheiras que inundaram com a chuva, escorrega de novo...) = stress 1.
Porque sozinha? Sem tratador e ajudante = stress 2
Mãe indo pro hospital operar... = stress 3 ³ Ai fui deitar morta. Combinei com mermão que iria me levar....às 4.
Well...estava eu na Patagônia jogando tenis com o Pernalonga quando vejo mermão. Pensei, ué que será que ele tá fazendo aqui....ai ele responde...."ué ? Não vais mais?"
Ai me cairam todos os butias do bolso! Corre, empurra carro que não quer pegar, engarrafamento, e aqui estou, amassando a lata na cabeça do piá que tá chorando não sei porque...
....continua......
sexta-feira, novembro 20, 2009
segunda-feira, novembro 09, 2009
Ai canseira
sábado, outubro 24, 2009
quarta-feira, setembro 09, 2009
quinta-feira, agosto 20, 2009
Jornada vendo estrelas
Dos médicos:
Dr. Belo, aquele que cura - detestei ele desde o primeiro momento que coloquei os olhos em sua pessoa. Manja aquele médico que jura que é a misura perfeita entre o Super Homem e Path Adams. Magro alto, cavanhaque milimétricamente aparado, olhos azuis e um olhar de sucesso e superioridade que irrita até cego!
Acompanhem nos próximos capítulos os outros personagens:
Dr. Corto e Resolvo
domingo, agosto 16, 2009
Não tô prá ninguém!
sexta-feira, junho 19, 2009
terça-feira, abril 14, 2009
Patrão sofre...
sexta-feira, abril 10, 2009
Vencendo o medo
Ai um vídeo nosso prá exempar o que falei antes. É um potro em doma. Reparem como Chico cavaleiro tá tranquilão ai...só propôs a tarefa. Fica esperando o seu parceiro resolver o problema. Dar uma volta e fugir ele não deixa, é coisa prá covardes, mas prá frente é o potro que decide quando estará pronto. Acho muito lindo esse vídeo, toda a luta interna do potro prá vencer seu medo... a suavidade do cavaleiro....o trabalho bem feito...a natureza...os pássaros....o céu azul....o verde da mata....zzzzzzzzzzzz....ronc.....zzzzzzzzz
A muié responde
Estava treinando minha potra em uma pista fechada e coberta, em um dia ensolarado! Em um dos cantos da pista o sol entra nesse horário do dia!! Qdo derrepente um passarinho passou pela frente dela nesse canto ensolarado, que fica perto do espelho da pista!! Resumindo,, ela não tem problema com o espelho, mas o susto com o passarinho foi tamanho que depois ficou dificil levá-la do tal canto novamente!! Depois do epsodio ainda não montei nela, mas se ela refugar o canto de novo o que devo fazer?? Obrigada bjo
RESPOSTA DA MUIÉ
Oi. Vou te dar umas pistas de como eu faria. Primeiramente voce deve sempre tentar resolver o problema na hora que acontece, tentar acabar o dia sentindo que ela ficou menos assustada com o que acontecei. Não deixar ela ir para casa (baia) com aquilo na cabeça, tenho certeza que tu já foi dormir com um problema...e não é nada bom né? Pois é, prá cavalos também não!
quarta-feira, abril 08, 2009
Ainda sobre Jack
Nesta foto, a pessoa segurando o cabo preso à pata do quadrúpede irracional está realizando uma demonstração claríssima do princípio básico da técnica utiizada: "cavalos podem ser mais inteligentes que nós...mas nós somos mais fortes...he he he".
domingo, abril 05, 2009
Dando nome aos bois
sexta-feira, abril 03, 2009
FALANDO SÉRIO...
Em qualquer atividade eqüestre, sobretudo em rédeas e adestramento, por seu nível de exigência, de precisão, obediência e complexidade de execução, é fundamental uma comunicação efetiva e correta entre o cavalo e seu cavaleiro. Porém essa comunicação se vê limitada pelo enfoque humano do conceito, pois estamos acostumados a julgar o mundo de acordo com o nosso ponto de vista e, de fato, geralmente não se considera que o cavalo possa ter o seu próprio universo. Sua forma de pensar e de compreender os fenômenos do mundo exterior é muito diferente da maneira do homem, pois suas necessidades biológicas também o são.
Isto faz com que falemos idiomas distintos e que a comunicação entre os dois seja muito difícil, a tal ponto que quando nós nos comunicamos com o cavalo, o que fazemos na realidade é somente lhe ditar ordens que confundimos com diálogo. A maioria das vezes o animal nem sequer as entende. Depois de muito trabalho, apesar de nossa incapacidade de nos fazermos compreender, depois de centenas de repetições e de outras tantas horas de trabalho, ele consegue associar. Tudo isso como “adivinhando”. E relaciona suas ações com os estímulos que recebe geralmente nada gentis.
É então que o consideramos tê-lo adestrado. Com muita freqüência acreditamos que estamos nos comunicando com o cavalo, quando geralmente o que fazemos é atrofiar sua habilidade para avaliar estímulos contraditórios e assim anular sua capacidade de tomar decisões.
Não obstante, a comunicação em “seu próprio idioma” é altamente eficiente e sua capacidade de compreender o que se pede a ele somente tem comparação com a vontade que empenha em satisfazer-nos.
É surpreendente que não se necessite mais de três repetições – menos de cinco minutos para que se torne clara nossa solicitação e se inicie o processo de execução, que neste caso será eficiente, decidida, oportuna e precisa, em poucas palavras, do mais alto rendimento.
Para mim, não existe nenhuma contradição. A diferença se faz no ponto de vista do observador, que julga de acordo com o resultado de sua tarefa.
Freqüentemente nossos sinais não são específicos, resultam pouco claros ou ainda, contraditórios. De fato, a natureza equina – substancialmente diferente à nossa – que levamos entre nossas pernas, é uma máquina altamente eficiente de perceber estímulos do meio, tanto que nossa propria receptividade se torna muito pequena e não somos conscientes dos inúmeros sinais que emitimos involuntariamente e que têm que ser ignorados pelo cavalo por carecer de significado.
É demasiado pedir a nossos cavalos que, além de manterem-se obedientes a sinais julgados antropocentricamente, ignorem não só os que recebem além de nossas ações, senão também os que realizamos sem ter a intenção de faze-lo. Estes sinais falsos confundem o animal até que ele aprenda a ignorá-los. Na realidade é um processo de insensibilização involuntário que faz indolente ou distraído o cavalo, que depois ignora também os sinais que tem um propósito específico.
Com essa má comunicação tendemos, como muitas outras coisas que ocorrem sem que nos demos conta, a reduzir o enorme acervo de sensações que o cavalo tem à sua disposição de maneira natural.
É um grande desperdício e portanto um erro, não aproveitar essa grande capacidade de captura de sinais, simplesmente porque não sabemos mais sobre a natureza do cavalo, de suas capacidades receptivas e suas limitações de abstração, porque não sabemos de que maneira o cavalo aprende e retém as informações, porque não sabemos que não é necessário mais que tres repetições para que um cavalo entenda completamente um exercício.
Poucos ginetes têm completamente clara a importância de não dizer nada quando se trata da comunicação com o cavalo, pois para este,, o melhor sinal é receber nenhum, pois significa que fez o correto.
Antes dos afagos, carícias ou cenouras, massagens e ótima alimentação, o cancelamento de um estímulo, é a primeira e mais importante manifestação do reforço positivo e é a melhor mensagem que podemos dar à nossa montaria quando esta executou a tarefa de forma acertada.
A execução correta e o melhor esforço do cavalo em seu desempenho – que finalmente distingue ganhadores de perdedores - , estarão regidas pela busca da suspensão das ordens. A vontade que o animal emprega, entendida não só como a ausência de resistências ou manifestações indesejáveis, mas também como o esforço extra para saltar mais alto, correr mais rápido ou executar com mais precisão uma manobra determinada, estará em função direta da clareza que ele tem de que depois do cumprimento correto, encontrará sua recompense, que é o cancelamento do uso das ajudas, rédeas ou a tensão corporal, que é precisamente: não dizer nada.
Costumo dizer que para um treinador medíocre, o cavalo sempre está devendo para ele, que o cobra sempre cada vez mais em treinamentos fatigantes, monótonos, com infinitas repetições sem sentido para o cavalo, pois o spin, o salto ou o tempo atingido na raia em uma corrida sempre deveriam estar melhores. Esse exagero só pode resultar na diminuição da qualidade da execução da tarefa solicitada, seja por fadiga, dor ou confusão ( ou o que é mais freqüente, um somatório de tudo isso).
Já o treinador consciente, nem sempre o mais habilidoso, porém aquele mais sensível e conhecedor os limites e potencialidades do seu cavalo, contenta-se com muito menos, cessando o exercício ao menor vislumbre de que sua montada entendeu e emprenhou-se. Esse sabe que para conquistara uma performance ideal, é necessário um cavalo não apenas afinado técnicamente, mas também equilibrado físicamente e moralmente.
Muitas vezes entristeço ao ver treinamentos nas mais diversas modalidades indo na contramão do que é certo, saudável e produtivo para o cavalo. Treinamentos abusivos, extenuantes, aborrecidos e executados muito mais em função de inseguranças psicológicas do treinador em véspera de competições. Esforços exagerados que só fazem com que o cavalo execute cada vez com menos qualidade suas figures, levando o treinador, que julga como na maioria das vezes, que o erro é do animal, a repetir mais e mais, produzindo um círculo vícioso extremamente nocivo à vida atlética deste animal. Sim, saem vencedores mesmo com esse tipo de treinamento , mas é fruto da generosidade equine, apesar do treinador, e não por causa dele! E isso tem um preço, que sera cobrado logo ali na esquina, pela diminuição da performance e da vida atlética de um cavalo.
Está mais do que na hora dos treinadores aprenderem a se comunicar de forma eficiente, para o bem dos cavalos e a evolução dos esportes equestres no Brasil.
Inspirado em texto de Chico Ramirez, El señor de los caballos
segunda-feira, março 30, 2009
Casa cheia
Meu trabalho inicial, se é que dá para chamar algo tão prazeroso de trabalho, é colocá-los confortáveis em um bom piquete, com sombra água fresca e boa comida, e ficar observando, observando, observando…
Observando cada atitude, cada indivíduo, cada movimento. Quem é inseguro, curioso, irritado, calmo, etc. Deixando que eles comecem a me dar uma idéia de qual será a melhor maneira de trabalhar com cada um. Afinal,são eles que escolhem qual caminho que vamos seguir, eu só sei onde quero chegar.
Observando esse grupo não pude deixar de sentir uma inveja da espécie deles. Como ela é mais evoluída que a nossa. Hmmm…isso deve ter feito algumas pessoas se retorcerem na cadeira…calma! já explico! Cavalos são muito mais bem sucedidos em se comunicar que nós. Vejam como esse grupo trabalhou de forma unânime e harmônica numa situação tão caótica como a que se apresentou para eles nesse momento. Só prá dar uma idéia do tamanho da façanha, imaginem voces, vivendo todos os anos da sua existência num lugar muito tranquilo, com seus parentes e amigos, sem nenhuma grande novidade, exceto 3 ou 4 ocasiões desagradáveis (infelizmente prá nós,todas elas vinculadas à presença humana) como marcação a ferro quente e castração. De repente são colocados à força em um grande baú, barulhento, que se movimenta e se sacode o tempo inteiro durante 8 horas, e depois saírem de lá para um lugar que nunca viram antes, sem saber nada de nada!
Pois é! Isso aconteceu com esses cavalos, e assim que eles chegaram, já estavam trabalhando juntos, como que numa linda coreografia, com a absoluta convicção de que a força está no grupo e no objetivo comum, que no caso deles é sobreviver. Trabalhando para saber o máximo possível sobre a nova situação, contando e confiando somente uns com os outros.
Agora, apenas para reforçar minha opinião sobre a superioridade equina no quesito comunicação, gostaria que voces lembrassem da sua última reunião de negócios, trabalho, do time, da diretoria,da federação, do grupo de estudos, de viagens ….foi tão simples assim?
quarta-feira, março 25, 2009
Que delícia de UTUBIS
Hi,Here is the link to the Tap files that are on the flash drive people are buying. You don't have to pay because you did a lovely gentle job and thats the message I hoping to send out..
terça-feira, março 24, 2009
Fogueira das Vaidades
segunda-feira, março 23, 2009
Missão cumprida...por enquanto
sexta-feira, março 20, 2009
Curso Denise Bicca Horsemanship
quarta-feira, março 18, 2009
Só me faltava essa....
Eu tô trabalhando com um cavalo novo. É um garanhão tobiano, cruza de pitbull com tubarão martelo. Lindo como ele só,e ordinário também. Se acha grandão pra caramba, tem que ver o olhar de desdém que ele dá prá gente...posso jurar que ele mede a gente de cima a baixo....chega a dar vontade de ir trocar de roupa. Seilá entende, colocar uma coisinha mais xique sabe, prá combinar melhor com ele. Mas o pior não é o olhar dele....é a boca mesmo. Só vendo, chega a tremer os beiços, puro desejo de arrancar aguma carninha de algum lugar. Hannibal ia sentir orgulho, aliás seria o cavalo perfeito prá ele.
Ele morde até o ar, imagina. Na verdade ele está aqui em casa para nós resolvermos isso, esse vício infame que o coitadinho possui. Estamos trabalhando com psicoterapia cognitiva positivista horsemanshipiana. Estou entusiasmada com os resultados. Mas na hora da sessão é de matar a muié véia aqui de tanto que corre, faz correr e desvia da bocarra do javali colorido. Não tem aula de aeróbica que se compare, o bicho é poderoso vitaminado.
Bem....depois da sessão de hoje, umas 2hs de correria, trancos, dentes, poeira e suor. Pego a paciente seguinte, Ventania. Lembram?
Pois é....ai como ela tá ficando mocinha, afroxei meu lombo. Aproveitei prá relaxar fiquei segurando para que o Dublê fosse pegando as patas dela, que já estão bem mais submissas. Se não fosse uns guinchinhos de vez em quando, diria que está praticamente resovida a parada. Depois de trabalhar com aquele dragão de Komodo em forma de cavalo tobiano, eu tenho a sensação que poderia pegar a Ventania no colo, tão fácil que é!
Mas aí é que me caiu os butíá do bollso....tô eu segurando a tipinha e recarregando minhas reservas de adrenalina, naquele torpor clássico pós esgotamento físico/mental, quando derrepente a bicha sem pedir permissão coloca pelo menos 3 dedos da minha mão direita prá dentro da boca dela!!!
Agora eu acho até graça....e não é que é mesmo?
sexta-feira, março 13, 2009
Laying down horses
Dia 7 - Finalmente paz
DIA 7 (eu acho)
Novo dia de trabalho, agora com Gafanhoto retomando seu posto. Ele começou trabalhando. Quando foi pegar nas patas da égua percebi que ele estava com um pouco de receio. Bem sensato da parte dele, como diria o filósofo americano, Murphy..."quem tem, tem medo". Depois das poucas e boas que a bicha aprontou prá ele, senti que ele não estava pronto para tal exercício. Voltamos atrás. Não é problema ter medo, o problema é não se preparar bem para fazer as coisas sem medo. Senão a coisa desanda. Eu mesma estou sempre com medo e acredito que é exatamente isso que faz com que eu me identifique tanto com cavalos.
Quando foi a hora, meu super Gafa fez coisas até bem mais difíceis de fazer do que a que ele tinha medo de fazer no início do trabalho, e nem percebeu...com uma segurança de fazer inveja até ao próprio Conan.
Não acredidam? Olha ai ...
segunda-feira, março 09, 2009
Chega de não me toques
DA VENTANIA
DIA 6
Êita muiézinha dura de roer...affe que achei uma mais teimosa que eu...tive que dar a pata a torcer, ou melhor, erguer.
DESISTO. TÁ! QUER PEGAR MINHAS PATAS PEGA! NUMA BOA! Já vi que tu não vai fazer nada de mais com elas mesmo.
domingo, março 08, 2009
Insônia e Redenção
DIA 5
Nossa que noite! Uma insônia da braba. É sempre assim, quando as coisas não saem como eu gostaria com um cavalo que estou trabalhando. O monstro Idéiafix Tiranossauro Rex vem me assobrar a noite inteira! A cabeça não para, é horrível… passo a noite inteira trabalhando. Pergunta e mais pergunta. Que sofrimento. A noite seguiu mais ou menos assim:
21pm, no sofá:“Porque será que a potra está tão irritada? Porque ela não aceita o meu manejo?
23pm, na cama: Será que é justo já desistir, julgar e condenar a dita cuja? Cadê minha fé nos cavalos? Cadê minha fé no real horsemanship e na comunicação?
3.00, am no sofá com uma coca zero sem gás e bolachinhas cream-craquer molengas velhas: O que será que está me atrapalhando? Impedindo de me comunicar melhor com a Ventania? 4.30pm na cama: O que devo fazer amanhã?
6.00pm, pendurada em um galho da Figueira: “O lastro da bujiganga-mor está se rompendo capitão! Nosso tempo está esgotando! Dr. Spock está a caminho…Os limites Espaço Tempo sem os pivões vão nos absorver…May Day! May Day!! Entrerprise responda! Cuidado! Estamos sendo atacados pelos Pandas Klingon gigantes!!!!! Vick Vaporub o ar, o ar!
Aí eu acordei….
8:00pm Peguei tudo o que se passou na minha cabeça, organizei e decidi. E logo que decidi, me acalmei e tudo ficou mais claro!
Putz que é brabo a gente assumir responsabilidades, dói quebrar a cabeça! A dúvida é uma Seria muuuuito mais fácil julgar e se livrar do problema…"É, a potra não serve mesmo….é “mesquinha” das patas. Melhor comprar outro. O problema é ela. Nós estamos fazendo tudo certinho beleza pura. Mas não é assim! Se eu quero trabalhar com cavalos,o problema é meu! Não deles. Afinal talvez eles, se pudessem escolher, talvez não estivessem num redondel fechado com uma muié falante e um piá grandão tentando agarrar as patas deles assim no mais.
9pm Chegaram Gafanhoto, Mamãe Gafanhoto, Papai Gafanhoto e Ventania. Falei prá turma: "Seguinte! Vou trabalhar com a potra e vamos voltar prá trás!. Se não está dando certo, é porque eu não li ela direito e ainda não estamos nos entendendo. Estou convicta que ela precisa de mais competência da minha parte. Se ela não está pronta prá me dar a mão, que eu seja mais convincente. Se eu tenho pressa, tenho que andar devagar!"
PRONTO! Levou um tempão e muito esforço de nós duas, mas chegamos lá. Primeiro em liberdade, até retomarmos os laços de uma conjunção ou join-up, se preferirem. Passamos a formar uma dupla. Depois alguns exercícios com cordas e saco, perfeito! O trabalho foi sensacional! Desencanamos. Saímos da pressão. E nada mais gostoso que depois de uma noite mal dormida, um dia de bom trabalho. Não que ela não tenha me tirado o couro prá eu convencê-la de que mereço ser sua líder! Foram três horas de conversa! Mas, como eu não tinha pressa, o tempo voou. E nada melhor do que uma noite de insônia, uma manhã de dedicação para uma tarde de descanso.
Hoje não tentaram pegar minha pata. Foi só a muié comigo. Sei-lá nãos sei se foi algo que ela disse ou fez, ou deixou de fazer, ou quem sabe até a cara cansada dela (olheiras enormes!),que me convenceu a ficar na minha e deixá-la tocar o barco. Foi um tempão prá ela se explicar, mas acho que é a minha melhor escolha...ficar nas mãos delas por enquanto,...e com restrições!.
segunda-feira, março 02, 2009
Ventania tendo fricotes
Relatório de um dia dos quintos!
DIA 4
Que guerra. A bicha continua cheia de frescura. Quando o Gafanhoto foi pegar sua pata, novamente ficou agressiva. Muito chato da parte dela. Fui ter uma conversa cara a cara, mais pressão, mais bronca, mais trabalho...ví vou pegar a pata ...e ela fez a mesma coisa. Aí me caiu os butiá do bolso.
Trabalhei mais um pouco e chamei o Rogério (doravante chamado Dublê), meu funcionário, que tem mais experiência que meu pupilo, para as de cenas mais violentas. Foi muito tempo de trabalho.
A coisa tá mais ou menos assim....pega 47 vezes a pata, sem problemas, na vez 48, guinchos e ameaças de coice. Santa frescura Batman! Mas deu.
Azeda azeda prá caramba. Me deixou com a cabeça a milhão. Porque ? Porque? PORQUEEEEE?
O que eu estou fazendo de errado? O que está me passando desapercebido? Pq ela não reage a cordas, Bandeira Dessensibilizante Gallopaytor Tabajara e tudo mais, e reage quando tentamos passar a mão?
Eu sei que tem uma razão prá essa resistência, só não estou conseguindo enxergar.
Well... da maneira que está , não é um bicho que sirva pro meu querido aprendiz aprender. Ela precisa de mãos um pouco mais experientes.
Depois do trabalho, conversei sobre os trabalhos com mamãe Gafanhoto e papai Gafanhoto. Diga-se de passagem, é muito estimulante trabalhar com gente que tem cérebro na cabeça! Mamis Gafa falou: desencana , se não serve, trocamos por um que sirva. O importante é ele ficar bem e aprender legal.
Beleza. De tarde pedi pro Dublê passar a mão nela novamente enquanto eu assistia...mesma frescurite, guinchinhos e ameaças, mas pegou a mão. Só que não senti absolutamente nenhuma firmeza da parte dela. Não dá prá confiar...e eu NÃO trabalho assim....sem confiar! Acabei o dia trocando orelha prá caramba...alguma coisa não tá certa...
VENTANIA
Dia 4
Mas credo que gente chata! Abusada! Me larguem de mão ...ou melhor , larguem da minha mão...ou melhor,
TIRA A MÃO DAI!!!!!!!!
Não dá prá ver que não tô pronta? Foi muita coisa muito rápido...tem as minha memórias também, o que eu passei já nesta vida, e que não vou contar! Se quiserem vão descobrir! Vão merecer pegar a minha mão. É isso ai, não me entrego pra qualquer um! Tem que provar que merecem.
Tô pregada! Passaram a manhã toda me furungando e de tarde vieram de agradinho ...comigo não violão! Não sou dessas que se derrete por qualquer coisinha!
Vou dormir que tô de mau humor...que saudades da minha mãe...
Pelo menos a cama é bem limpinha e a bóia no capricho...PELO MENOS ISSO!
DO GAFANHOTO
DIA 4
Colocação do buçal:
- a égua continua dando cabeçadas na minha mão para evitar que se coloque o buçal. Fora isso, sem incidentes, pois a égua não mordeu.
Cabresteamento:
- não houveram complicações, a égua respeitou meu espaço vital, não quiz passar por mim, não me atropelou, ou seja, foi um cabresteamento satisfatório.
Solta no redondel:
- ao ser solta, a égua não correu para longe de mim, simplesmente ficou parada, o que é muito bom, pois demonstrou que a sua atenção estava focada em mim. Porém ao sair do redondel, ela não me seguiu até a porteira.
Trabalho:
- hoje apareceu mais um integrante para o trio Muié, Ventania e Gafanhoto, ele é o "dublê", também conhecido como Rogério. Ele ´tá fazendo a parte de alto risco, como pegar as patas da Ventania, que foi novamente difícil pois ela aparenta ter algum tipo de trauma.
domingo, março 01, 2009
A saga continua - Diário de tres cabeção
DIA 3
Putz hoje foi casca !
Foi tudo beleza até a hora de pegar a pata dela. Aí a coisa enroscou.
Eu já tinha uma idéia de que poderia haver alguma reação negativa porque me contaram que já haviam tentado ferrá-la mas não conseguiram. Só que a reação foi mais ou menos como a que aconteçeu em Hiroshima depois daquele episódio com a bombinha… Assim que o Gafanhoto se inclinou para tocar na sua mão, a dita sampou-lhe um par de três coices que nos pegou de surpresa e fez o piá ir parar sem cima da árvore mais próxima! Ai o tempo fechou! Literalmente...começou a chover.
Peguei a bicha e fomos dançar, foi dureza, a muié tá ficando véia. Foi escorregão pra cá, patas prá lá, tropeça daqui (eu) , empurra de lá (ela) . Ficamos umas 2hs numa discussão de quem ia mover a garupa de quem e quem ia pegar a pata de quem. Ela tem bastante peito, mas posso dizer se é uma coisa que sobra em mim também é peito. Quando a situação se amenizou, fomos conquistar aquele terreno selvagem da potra. Isso significa, Gafanhoto dessensibilizando centímetro a centímetro toda a pata da égua. É incrível como o cavalo é pontual e milimétricamente específico onde se deixa tocar e onde não se deixa tocar e isso sempre está vinculado às experiências que ele passou, tanto em quantidade quanto em qualidade.
Resumo do que foi feito para que o dia acabasse com o Gafa segurando a pata de uma potra muito tranquila
1. Pega pata
2. Toma coice
3. Muié dá uma bronca na bicha e coloca ela prá trabalhar
4. M reforça o controle dos movimentos da dita e garante que ela respeite o seu espaço vital
5. Gafa. entra em ação, trabalha prá tocar em toda sua pata
6. M sai de cena e passa só a berrar com G o que ele tem que fazer, corrigindo sua posição e suas atitudes
7. G levanta e larga ambas as mãos da potra infinitas vezes
8. G , M e potra fazem as pazes e vão almolçar acabados mas em paz
DIA 3
Mas que dia, criatura! Justo quando eu estava começando a me acostumar com a vidinha tranquila daqui...
Ok ...deixei minha pata na mão do piá. Só prá voces, leitores humanos entenderem o que isto significa para um cavalo: é mais ou menos como voces confiarem e se entregarem completamente, com uma venda nos olhos a um estranho que conhecem há apenas 2 dias e que fala um dialeto antigo norueguês que não faz nenhum sentido prá voces Dá pra sacar a dificuldade ? PLEEEEEASE????
É...foi isso que tive que fazer....!!!
O dia foi complicado, mas acabou razoável…porém com reservas.
DO GAFANHOTO
DIA 3
Colocação do buçal:
- Sem grandes novidades a égua dá cabeçadas na minha mão para impedir a colocação do buçal.
Cabestreamento
- não houve problemas, a égua não invadiu meu espaço, também não passou na minha frente nem tentou fugir
Solta no redondel:
- ficou, como sempre, mais atenta ao espaço do que em mim. Após ser solta foi pastar, deu sua corrida normal mas rapidamente voltou sua atenção para a comida.
Trabalho:
- fiz somente ela correr pelo redondel.
Porém hoje, ela estava um pouco mais agressiva, coiceou o ar, murchou as orelhas e a garupa dela estava sempre na minha direção. Reagindo a isto eu fiz com que ela corresse mais rápido e trocasse de mão com mais freqüencia.
Hoje a nossa intenção era de encilhar a égua,
Porém a minha querida mestra teve a idéia de me fazer pegar as patas anteriores da Ventania. Aí a égua enlouqueceu, virou a garupa em minha direção e tascou o coice. Eu até poderia dizer que foi o meu enorme reflexo, força e agilidade que me salvaram, mas não, foi puro medo e sorte.
Rapidamente a professora pegou a corda e fez ela dar ré girar para um lado, depois para outro, era a égua prá cá, corda aqui, professora ali. Quando a mestra terminou de ensinar para a égua que dar coice era errado, ela me chamou e disse: “vai e acaricia a pata dela”…Eu queria ter visto a minha cara de: “ela tem que estar brincando”…mas como ela não riu, eu fui né! Depois disto eu tive que me colar na barriga da égua atrás da cernelha, faze-la girar...... e então pegar a pata novamente e desta vez eu consegui.
- Durante a tarde eu acariciei e agradei a égua.
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
NOSSO DIÁRIO SEGUE!
Bah! Foi melhor que eu esperava. Meu pequeno Gafanhoto e sua potra se comunicaram muito bem! Logo ele já conquistou seu interesse e respeito dela. Ela já o seguia em menos de 20min de trabalho no redondel.
Depois veio o trabalho de controle da garupa, que comecei fazendo e ela logo captou a mensagem, aí passei a bola para ele.
Passou a mão em todo o corpo da potra, sem mistério. Trabalhou com a Bandeira Dessensibilizadora Gallopaytor Tabajara também. Foi um orgulho ver que ela começou assustada e depois havia uma cena de completo equilíbrio e confiança mútua.
Claro que quando pedi ao meu discípulo que agitasse a bandeira com mais força e fizesse mais barulho, o Testosterona Júnior foi com tudo, baixou nele o espírito de Conan, o Bárbaro… o que resultou em um pouco de agitação da parte da pobre…que não conseguia entender o que aquele maluco queria, se afinal, o carnaval já tinha passado e ele não levava jeito para porta estandarte nem mesmo da escola de samba Afogados da Varginha! Mas tudo acabou bem, ela entendeu que aos 16 anos, eles são mesmo assim e eu aprendi uma lição.
A aula foi um prazer só. To louca prá ver o que vai rolar amanhã..
LIÇÃO DO DIA: Nunca, NUNCA MESMO, peça para um jovem saudável de 16 anos para que ele bata, agite, torça, puxe, empurre, aperte ou esprema COM MAIS FORÇA! É bem provável o resultado seja: Ops! quebrou, espatifou, arranhou, explodiu ou…como no caso da Ventania…se assustou.
DIA 2 DA VENTANIA
Beleza…a área de ginástica é bem bacana. Nada de aparelhos muito sofisticados, mas muita tranqüilidade no trabalho. Os personal trainer são bem dedicados com o corpo e a mente desta belezura que vos fala.
Teve o guri aquele, que acho que é aprendiz da chefa, que trabalhou mais comigo. Um pouco de aeróbica, depois massagem com uma varinha com um pano branco (por pouquíssimo tempo) na ponta, muito relaxante, cheguei quase a dormir. Embora teve uma hora que deu um treco no piá, baixou o santo nele e ele começou a bater aquela coisa no chão e agitar no ar, que susto levei, eu tava quase dormindo criatura! Mas vi logo que não foi por mal, acho que esses faniquitos devem ser da idade…eu mesma tinha um primo que fazia isso, o Meteoro,. Hoje ele tá correndo no hipódromo da Gávea, já ganhou dois GPs! Ele de vez em quando, do nada, começava a galopar e dar coices na volta da mãe dele.
Voltando ao treino…depois tudo voltou à calma, vi que a chefa gritou umas coisas prá ele.
Acabado os exercícios, me ofereceram uma saladinha de alfafa básica e voltei pro meu apê.
LIÇÃO DO DIA: Guris e potrinhos têm boa intenção, mas às vezes o corpo não acompanha a idéia.
Garanhão mordedor parte 1
O anjinho sendo selado...bah que mão de obra!
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Garanhão mordedor parte 2
Potro que trabalhei durante curso em Aquidauana, MS
Bem legal!
Nosso querido diário
Tô aqui quebrando a cabeça prá eu aprender a ensinar prá ele, prá ele ensinar prá ela, pra ela ensinar prá ele, prá que no final (ou no meio, e desde o início) os dois saiam vivos, os três se comuniquem bem e que os outros dois fiquem tranquilos que seu filho está seguro e que cresceu mais um pouco como ser humano ao se comprometer e cuidar de um outro ser vivo.
É uma beleza de empreitada….a cabeça da gente funciona a mil. Nós três vamos fazer um diário de todos os dias de trabalho em conjunto. Quem sabe não rola um best-seller, um Nobel, um filme com a Angelina Jolie no papel principal (claro que da treinadora...), depois o Oscar … comemoração com o Hugh Laurie...ahnn onde eu tava mezz?
Amanhã vai ser tudo com ele. Aí que a coisa vai pegar….prá nós todos!
DIA (-)1
To numa casa nova, passei a morar sozinha num condomínio , minha mãe ficou no outro apê.
No primeiro dia tava tudo muito angustiante, tentei pular pela porta da baia, não deu certo. Depois tentei pular pela janela….também não funcionou…nem mesmo com dieta ia conseguir. O negócio foi me conformar e esperar para ver o que vai acontecer. Tem uns irmãos que entram e saem dos apês ao lado, eles estão tão calmos que foi me dando mais confiança….aliás tem um lindão grisalho cabeludo que é um gato! Ou melhor …um cavalo! Já me agradei.
Beleza pura. Já saquei tudo, não tem risco nenhum. Comida boa, cama limpa e água fresca. Eu sujo, eles limpam. Eu como, eles servem de novo....é um bom serviço...só falta conhecer a academia de ginástica e a área de lazer.
Esse guri eu já conhecia, tava no outro condomínio. Colocou o buçal em mim…sempre me atrapalhando, no meu caminho, eu querendo sair, ele não deixando. Fomos até o redondel e me soltou lá. Mas tem uma mulher que tá junto, acompanha tudo e não para de falar 1 minuto!
Investiguei todos os cantos do redodel (CANTOS EM UM REDONDEL?!?!? Segundo o Érico isso não existe) prá ver se o ambiente era seguro. Logo percebi que não tinha risco e fui beliscar umas graminhas. Mas aí a mulher que falei prá voces entrou e já quis ocupar o lugar de líder do pedaço! Fiz ela trabalhar um pouco. Pensei e disse: "não é bem assim nega….te explica bem se quer o cargo, me convence ai que mereces ser minha chefa!" Mas depois de um tempo ela me convenceu….vou dar uma chance.
Ok, parece que a muié sabe o que tá fazendo , vamos ver onde vai dar…
DIA 1
1. Colocação do buçal na égua.
- égua não respeita o espaço vital, tentando sempre se aproximar demasiadamente.2. Saída da baia.
- égua sempre atropela o seu condutor, ou seja, mostra desinteresse> Não se nota medo, pois quando liberada não tenta fugir e sim pastar.
- continuou sem demonstrar interesse. Não demonstrou relutância em passar pela porteira, tão pouco mudou seu comportamento.
4. Sozinha no redondel.
- observou o local até perceber que nada a colocava em risco, começou a pastar e em curtos períodos de tempo, corria circularmente. Por vezes demonstrou interesse em tentar pular a cerca, porém não deu continuidade a esta opção.
5. Trabalho
- a égua é metida, invade o espaço de quem está trabalhando com ela. O animal não tenta comandar o grupo e sim não fazer parte deste. Morde e solta dá coices na direção da treinadora, porém no final do trabalho ela acaba respondendo positivamente, aceitando ser parte da dupla.
- quando a égua invadia o espaço vital da treinadora foi executado o trabalho de recuo. Nos momentos em que a égua tentava morder foi feito um afastamento. Ao direcionar o coice na direção da treinadora, esta fez com que a égua trabalhasse mais.
quarta-feira, janeiro 14, 2009
Malhação
Estava há horas pensando que eu precisava fazer exercícios, perder peso, entrar em forma.
A oportunidade chegou.
A minha turma é ótima...todo mundo saradão, mas ninguém te olha com aquela cara típica de academia...de cima a baixo, com superioridade do alto de seus 47 kg, coxas musculosas e barriga de tanquinho (momento em que a gente que está fora de peso quer se enfiar para debaixo daquele tapetinho de borracha da esteira...só que não cabe). Nada de colants da última moda nem aqueles papinhos de academia "noofffaaaa teu reto abdominal tá vippééé´rrrimo" ou "tu viu a Lucinha Krás Pita Borges de Barcelos Strasberger? Tava com o mesmo tenis de ontem!" ou " preciso aumentar minha série de supino prá 5000x com 300kg...".
No meu grupo é todo mundo muito legal e muito parceiro! Todos vegetarianos mas me aceitam como eu sou...e são muito simples na maneira de vestir....elegantes, mas simples.
O ambiente é super tranquilo, espaçoso, decoração de primeira e uma música relaxante.
Como era meu primeiro dia, comecei devagar, com uma caminhada de uns 30 min. Depois fiz umas séries de agachamento. Mas o grupo muscular que eu mais trabalhei foram os bíceps, quadrícepes, e qualquer outro íceps que voce possa imaginar! Tomei um suador que tu nem imagina criatura.
Tão loucos prá saber o endereço desse paraíso não é? Tá bem vou falar, mas não tem mais vaga...ou melhor só tem mais uma vaga - a de tratador!
Pois é, meu casal de caseiros foi embora e me deixou com 20hectares de terra, 7 baias para limpar e mais uns tantos cavalos para alimentar, escovar, exercitar e banhar, sem contar a minha casa prá limpar (que vai ficar por último).
Vou confessar uma coisa....TÔ ADORANDO! Imagina ainda perder peso? É bônus!
Eu recoméndo!
Dá uma olhadinha na Academia e meus colegas de ginástica:
Duchas:
domingo, janeiro 11, 2009
Como tudo começou
Depois decidiram trazê-lo montado atá aqui em casa...muito assustado, ficou perigoso e não vieram...
Era um cavalo que eu precisava ver porque estava à venda e eu tinha uma cliente. Iria experimentá-lo durante meus cursos.
Fui no local e quando o vi ele não estava bonito, mas tinha potencial . Crinas enormes, tordilho, aquele pescoção maravilhoso e inconfundível dos lusitanos, altão e forte.
Acho que o que mais me interessou nele foi a sua expressão. Tinha uma cara de completo desagrado quando alguém se aproximava! De jeito nenhum agressivo, talvez até a maioria das pessoas nem percebesse a mudança das feições dele naquele momento. Era um leve atrasar de orelhas, um quase imperceptível virar de cara, um pequeno franzir dos lábios...nada de mais. Só isso. É tido como muito manso, mas para o meu gosto ele me pareceu apenas aturar as coisas, com apatia, um completo desinteresse por tudo... eu diria até tristeza. Para mim era como se ele dissesse: "putz lá vem gente de novo, que será que eles vão aprontar agora...que saco..."
Nada de mais. Mas tudo isso acendeu em mim a chama do desafio e, novamente(o que nas minhas contas deve totalizar umas 94.279 vezes) despertou o meu incontrolável desejo de proteger, de cuidar e de mudar a vida de um cavalo para melhor.
Será que consigo fazer ele mudar de opinião? Será que consigo fazer ele se interessar e gostar da presença de gente, e não apenas aturá-la?? Mais importante: será que consigo fazer ele gostar de mim e trabalhar junto comigo como parceiro, gostando do que faz?